Por Gerson Rodrigues
É
incrível como nos dias de hoje tantas pessoas escondem-se atrás do escudo
protetor das DESCULPAS. Cada vez é mais comum nos depararmos com indivíduos que
dedicam suas vidas à “arte” de desculpar-se. É fato que, quem assim procede,
não gera resultados.
E
o que vem a ser a DESCULPA? Por que ela
acontece? O que leva uma pessoa a utilizar desse artifício? Por que ela é
inaceitável?
Vamos
por partes...
A
desculpa é um recurso do comportamento humano que é utilizado pelo indivíduo na
tentativa (sempre infrutífera) de justificar um erro ou uma falha.
Inconscientemente ou até mesmo conscientemente, a pessoa acredita que, ao
desculpar-se, atenuará os efeitos do resultado indesejado. Nada mais surreal.
Qualquer experiência vivida pelo ser humano sempre dependerá de como essa
pessoa reage a ela, ou seja, da interpretação que cada pessoa faz daquilo que
está vivendo em determinado contexto. Não existe realidade para as criaturas. É
impossível para um cérebro vivo compreender plenamente o que acontece fora do
indivíduo, porque tudo o que o nosso cérebro faz é “CRIAR” realidades
subjetivas o tempo todo. Por exemplo: Neste momento poderia estar tocando seu
telefone celular, e durante este toque, um som estar sendo emitido. Seu cérebro
irá direcionar seu corpo para pegar o telefone e levá-lo ao ouvido para que
você possa usá-lo. Na verdade, o som em si, é meramente uma criação do seu
cérebro, pois tudo o que seu ouvido capta são moléculas vibrantes no ar. Mas
você percebe e reage ao som como se realmente ele existisse.
Ora,
quando damos desculpas, estamos tentando oferecer uma justificativa para outro
cérebro, ou para o nosso próprio, que desperte uma compreensão de que o que nós
fizemos, ou não fizemos, é explicável e compreensível. Porém, se levarmos em conta que os estímulos
externos que recebemos são a todo momento interpretados pelo nosso sistema nervoso,
podemos facilmente concluir que “DAR DESCULPAS” jamais irá funcionar, porque
estamos usando nossa interpretação de uma experiência vivida para argumentar
para a mente de outra pessoa, que também fará sua própria interpretação.
Complicado? Nem tanto!
Se
considerarmos ainda que as funções principais de um cérebro são a PRESERVAÇÃO e
a SOBREVIVÊNCIA, fica muito fácil compreender o porque a DESCULPA acontece.
Trata-se de uma forma que o sistema nervoso de determinada pessoa se utiliza
para preservá-la ou tentar preservá-la de determinada reação de si própria, ou
de outrem.
Contudo,
por melhor que seja uma DESCULPA, por mais bem elaborada que seja a forma em
que ela se apresente, do ponto de vista comportamental, ela é INACEITÁVEL. Há
um pressuposto do comportamento humano que diz: “Não existem erros, apenas
resultados”. O que são os erros? São resultados diferentes daqueles desejados.
Imaginemos que você deseja sair da cidade de São Paulo e chegar à cidade de
Fortaleza, mas que durante o trajeto você erra o caminho e chega a Aracajú. O
que de fato aconteceu? Em essência, você obteve um resultado diferente daquele
que desejava. Em suma, você descobriu uma forma de como não chegar a Fortaleza.
Um exemplo célebre desta máxima é a história de Thomas Edison, o inventor da
lâmpada...
As
pessoas que aceitam desculpas de si mesmas, ou dos outros, colocam-se numa
armadilha perigosa, qual seja: A NÃO GERAÇÃO DE RESULTADOS.
Gosto
muito de uma frase do professor Aly Badauhy Jr. Que diz: “Na vida, ou damos
desculpas, ou damos resultados. Jamais você encontrará alguém que tem
resultados, dando desculpas. Jamais você encontrará alguém que dá desculpas,
tendo resultados”.
E
você, tem dado desculpas ou gerado
resultados?
"A provação vem não só para testar o nosso
valor, mas para aumentá-lo; o carvalho não é apenas testado, mas enrijecido
pelas tempestades". (Lettie
Cowman)

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